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Sócrates e as Grandes Obras

Poucos serão aqueles que alguma vez me tenham visto a elogiar José Sócrates. Eu, que sou apologista da Justiça, nunca fui fã de um retórico que por inúmeras vezes me desiludiu, e que se escondeu atrás do seu poder discursivo, em vez de assumir certas falhas com coragem. Cheguei a pensar que honra e coragem fossem termos que o próprio Sócrates desconhecesse. E, tal como cá estou quando discordo com atitudes ou opções de Sócrates, cá estou agora também para o elogiar, por finalmente me ter convencido que, afinal, sabe ser um Homem de coragem se o quiser.

Num momento de conjuntura económica absolutamente desastroso, Sócrates insistia dia após dia em manter as megalómanas obras públicas do TGV, da Nova Ponte sobre o Tejo, e do Novo Aeroporto de Lisboa… Num braço de ferro interno, muitas vezes disfarçado e escondido, acabou por ser Teixeira dos Santos a ganhar a guerrilha, e a puxar à Terra o homem que se devia achar na Lua. Sempre por mim referido como o melhor ministro que Portugal tinha tido em muito muito tempo, Teixeira dos Santos demonstrou mais uma vez ser a voz de sensatez e equilíbrio dentro do governo (onde, nesta segunda legislatura, se possam incluir também certos nuances de Isabel Alçada e Gabriela Canavilhas), convencendo um Sócrates que apareceu na UE com um ar abatido, mas finalmente realista.

Sócrates ouviu já ridículas críticas de esquerda e direita pela sua incoerência, que condeno veemente. Certo é que Sócrates estava a errar sempre que insistia no desperdício orçamental, ainda há uma semana por exemplo, mas quando muda de atitude, recua e segue as orientações de especialistas e dos próprios partidos que agora criticam, a atitude do primeiro-ministro tem que ser louvada e não condenada, bem como a interajuda que surge por parte de Pedro Passos Coelho, que está finalmente a construir a Oposição Construtiva de que falo também há n tempo. Havendo cedências mútuas, está a encontrar-se o caminho (com o TGV a avançar parcialmente, na sua vertente mais económica, e todos os outros projectos adiados). Ainda que pense que na próxima campanha eleitoral voltemos ao mesmo de sempre, creio que neste momento Portugal está a tomar o caminho certo rumo à retoma. Por muito que seja um elemento irregular, incoerente e por vezes duvidoso, Sócrates não pode ser criticado pela sua atitude de coragem e inteligência, que visa o bem do país, e não de meia dúzia de empresários ricaços. Bem hajam.

O Sol e o resto

Com sono? Queixem-se a Benjamin Franklin! Afinal de contas, foi ele que nos roubou hoje uma hora de sono… Isto de adiantar os relógios, tem que se lhe diga… Há até quem afirme que o desencontro momentâneo com os relógios biológicos das pessoas pode causar pequenos problemas de saúde, mas a verdade é que esta mudança de hora nos traz bastantes vantagens. Logo para começar, chama-se «Horário de Verão», o que faz crescer a expectativa da chegada dos dias de Sol e de menos frio. E para além da esperança que alimenta, dá-nos de facto mais luz: teremos agora luz quando sairmos da escola às 18:30, tal como ela resplandecia pelas 17:30. Por outro lado, de manhã, nascerá o dia mais tarde, mas pela hora a que entramos em trabalho, penso que já não se notará grande diferença. Como a diferença se notará por volta das 7:00 - 7:30, até pode ser é que comecemos a assistir ao nascer do Sol. Para além disso os dias estão a crescer, e em cada dia, teremos mais tempo de exposição solar!

Analogamente à mudança de hora, também muitas outras coisas andaram para trás e para a frente nestes últimos dias. O PSD andou para a frente com a eleição de Pedro Passos Coelho como seu líder, e as políticas do governo anunciaram um passo atrás nas políticas educativas (felizmente!), com as alterações do Estatuto do Aluno e do acesso aos apoios sociais, temas sobre os quais pretendo postar ainda estas férias. Também Obama deu dois passos gigantescos rumo ao futuro, com o acordo de eliminação de 30% do poder nuclear (acordado com a Rússia), e com a aprovação de um Sistema de Saúde que proteja todos os Americanos, após as tentativas falhadas de há mais de 50 anos! Numa semana em que também muito se falou em Messi e em Ronaldo, foi ainda descoberta uma nova espécie de Homem, que coexistiu com os Homo Neandertais e os Homo Sapiens, abrindo mais uma vaga na família dos Homo.

Michórdia pós-ausência

Longa foi esta paragem pela qual o blog passou! Mas, como sempre, acaba por voltar. A pressão horária das últimas semanas de aulas, calendarizadas ao segundo e condicionadas por testes, trabalhos e apresentações, foi o primeiro impeditivo a uma fluente publicação de posts. Depois veio a preguiça e o descanso, levados ao extremo, como de costume após o trabalho-duro. Entretanto entra o materialista Natal, e a azáfama de prendas, compras e correrias desenfreadas à criatividade e resistência físico-psicológica desse aterrador fenómeno chamados ‘compras’. As estreias natalicias dos nossos amados canais generalistas acabam por colar-nos ao tão-amado sofá, e apenas no dia 26 de Dezembro o blog se digna a ser actualizado…

E muito se passou neste intervalo! Umas quantas bolas de canhão lançadas ao orgulho sportinguista, mostraram que afinal é sempre possível afundar mais: faz lembrar a velha expressão «podia ser pior», que quando parece não mais poder aplicar-se, lá surge um novo facto a provar-nos o contrário. Mas o  desporto que mais atenção tem ganho nem é o futebol! É um novo desporto de combate, uma luta-livre em que não há 2 adversários a competir, mas sim duas personalidades a que toda a gente bate. Ficam pendurados num pau, e o primeiro a morrer, perde. De um lado, estão os bate-no-cavaco, e do outro os bate-no-sócrates. Este desporto tem o incoveniente de ocupar em demasia os telejornais (conseguiu ultrapassar o futebol!), e o também-inconveniente de uma partida durar uma eternidade. Ainda as eleições não se tinham realizado, já a partida se tinha iniciado; eleições passadas, confusões múltiplas depois, enfim… uma eternidade passada, e tudo continua na mesma. Muita hipocrisia e «respeito institucional» têm segurado a situação deplorável da política em Portugal, que sobre estas base se mostra tão sólida, que nem se morasse em Torres Vedras teria caído…*

Mas nem só de Portugal se faz o Mundo (olhem que novidade!), e por esse mundo fora muita coisa aconteceu também, como a aprovação do plano de Obama para a Saúde, a falhada Cimeira de Copenhaga, a mensagem dos Black Eyed Peas à selecção, ou o anúncio dos vídeos mais vistos do ano no Youtube, lista entretanto desactualizada, por uma senhora chamada Lady GaGa ter lançado Bad Romance, música que em apenas um mês ultrapassou os 50 milhões de visualizações, que chegará certamente ao 3º lugar (no mínimo) dos vídeos musicais mais vistos, até ao dia do Reveillon.

E com tanto assunto já referido, assim me despeço, com a certeza de que pelo próximo post não terão tanto a esperar como com este. Au revoir!

*Em Torres Vedras ocorreram as situações climatéricas mais graves do país, apesar da confusão ter sido geral

Bartoon: «A outra vacina»

Bartoon Vacina 1 Bartoon Vacina 2

O Nobel de Obama (Parte II)

Parte II: O Presente e o Futuro

Barack Obama já aceitou o Nobel da Paz, declarando humildemente que “não merece estar na companhia de tantas figuras que mudaram o mundo”, dizendo que entende o Nobel como um apelo “a todas as nações, para enfrentarem juntas os desafios do século XXI”. Desafios tão grandiosos que, recordou, não só o ultrapassam como ultrapassam o poder da sua administração e do seu país.

Mais complicado é saber se, com este prémio, o trabalho e as missões de Obama ficam mais fáceis ou mais difíceis; o comité norueguês entendeu que a mensagem que enviou ao mundo o fortalecia. Alguns analistas temem, porém, que o condicione. A administração Obama vai ter de decidir se acede aos pedidos de reforço do contingente militar no Afeganistão (onde a actividade terrorista e talibã se intensifica vertiginosamente), ou se opta por uma estratégia em que se focaria apenas na Al-Qaeda e deixaria o terreno livre aos talibã. Naturalmente haverá várias leituras sobre se a decisão que vier a tomar foi a mais acertada para a Paz. Irá o sinal que lhe foi enviado de Oslo influenciá-lo?…  Conhecendo a personalidade política de Obama, suponho que a sua decisão em nada será influenciada pelo Nobel. Condenar o Afeganistão à ascenção dos terroristas ao poder, e a criação de um foco de ameaça ao Mundo, não me parece ser a visão de Obama em direcção à paz. Mas também há quem duvide, e ache que o Nobel o condicionará. Veremos… Aquilo em que posso concordar com essa influência, é no cumprimento e conclusão dos processos iniciados pela Administração Obama; recebendo a consagração pelos Projectos ainda não estando eles concluídos, parece ser uma forte fonte de pressão para que estes corram bem até ao fim. Não duvido que mesmo sem Nobel, os processos se concluíssem; ainda assim, penso que este vem colocar mais pressão, a esse nível, na Presidência Americana.

O Trabalho de Obama está começado, e está pronto para continuar no bom caminho; não se podem negar as evidências; o panorama político do Mundo alterou-se por completo, e muitíssima tensão foi aliviada; a Europa deixa de detestar o presidente Americano, para o quase-idolatrar; Cuba, Irão, Coreia, Palestina, Iraque, Rússia e África ganham novos ânimos, e fôlego para recomeçar, com a ajuda da super-potência que passou de imperial a cooperadora. O que Obama está a fazer, pode fazer e planeia fazer, tem já o caminho desbravado, porque o ambiente para que se avance está criado; e a esperança que Obama trouxe ao mundo não se fecha nas relações diplomáticas e na Paz, passando ainda pelos Direitos Humanos, pela Justiça, ou pelos mais simples valores como a Família, a Felicidade e a Vida, que já tanta falta fazia na Casa Branca...

O Nobel de Obama (Parte I)

Parte I: O Passado e o Presente

Muito tenho ouvido discutir a justiça da atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama; esta discussão, nomeadamente a crítica à atribuição do Prémio ao presidente dos Estados Unidos, tem-me causado alguma «azia». O facto de tanta gente não reconhecer as profundas alterações que o mundo sofreu com a eleição de Obama, deixa-me confuso; por uma vez em que as coisas realmente mudam, há acção real e não só propaganda, as pessoas negam o trabalho feito? Não esperassem obviamente que Guantánamo estivesse já encerrada por esta altura; ou queriam que os presos fossem lançados ao mar, e se pusesse uma bomba que levasse tudo aquilo pelos ares? Ou o Iraque, esperavam que em 1 semana as tropas americanas deixassem o país entregue aos criminosos, sem ajudar a Polícia e Exército iraquianos a efectuar a transição de poder? Temos que ser realistas: as coisas não são feitas por magia, nem podem ser feitas por fazer, e deixadas ao acaso; Obama está a cumprir o seu papel tal e qual como prometeu, avançando com todas as promessas não só ao seu país, como ao mundo, e contribuindo de forma incrível para a restauração dos Direitos Humanos, Cooperação Internacional e Paz que George W. Bush tão freneticamente destruiu.

O Nobel de Obama veio cedo, e tal coisa pode ter acontecido devido a uma vontade de reconhecimento e incentivo simultâneos, que não devem ser encarados como injustos. Será que Al Gore fez muito mais que Obama? Na verdade, o vencedor do ano passado apenas consciencializou o Mundo… E Obama já o fez também, até com mais visibilidade, mais poder e alcance do que Al Gore. E Obama não só consciencializou, como também já pôs mãos à obra: o processo de Encerramento de Guantánamo já está em execução, e espera-se que no próximo ano a ‘prisão da tortura’ esteja fechada; pela primeira vez, realizar-se-á uma Cimeira de Desarmamento Nuclear, da qual Obama foi mentor; esta luta é, aliás, uma das razões da atribuição do prémio por parte da Academia noruguesa, que declarou que "o comité deu muita importância à visão e aos esforços de Obama com vista a um mundo sem armas nucleares"; a chegada de Obama à Casa Branca também deitou por terra o plano de Bush de construir junto à Rússia um escudo anti-míssil, que os Russos achavam ofensivo, melhorando assim a relação entre os dois países, e viabilizando um acordo já assinado de destruição conjunta de armas nucleares; mas os esforços diplomáticos não se ficam por aqui: Obama levantou o embargo a Cuba (que levou a Fidel Castro a dizer que Obama era um justíssimo vencedor do Nobel!), e teve ainda vários "esforços diplomáticos internacionais e pela cooperação entre povos", nomeadamente a entrada nas negociações entre Palestina e Israel, defendendo os interesses de ambos os lados e não apenas o israelita, o que deverá finalmente abrir caminho á tão-esperada paz no Médio Oriente; Obama foi ainda ao Egipto, onde pela primeira vez declarou o apoio dos Estados Unidos ao desenvolvimento dos países de 3º Mundo, e visitou já por várias vezes a Europa, com a qual desenvolveu um clima de cooperação, que poderá levar avante esforços conjuntos face aos problemas globais. Ao contrário de Bush, Obama não despreza a Europa e não tenta resolver sozinho os problemas do mundo. Obama está ainda a efectuar a retirada do Iraque, enquanto redefine estratégias no Afeganistão: a ideia é travar uma guerra de interesses meramente económicos, e focar-se no combate à violência talibã, e ao terrorismo, de forma generalizada. O que muita gente não sabe também, é que Obama é advogado (formação em Harvard), e dedicou muitos anos à defesa dos direitos cívicos, publicando mesmo dois livros que foram êxitos brutais de vendas, incluindo o aclamado “The Audacity of Hope’’. Para finalizar, o Comité Nobel declarou que ‘‘só muito raramente uma pessoa conseguiu como Obama captar a atenção do mundo, e dar às pessoas esperança para um futuro melhor’’, e ainda lhe reconhece uma importante ‘‘base valores e atitudes, que são partilhados pela população mundial’’. A mim, parece-me mais que suficiente...

Próximo post: O Nobel de Obama (Parte II: O Presente e o Futuro)

Resultado das Legislativas 2009

PS - Extraordinária vitória eleitoral;

PSD - Não foi assim tão mau;

CDS/PP - Grande vitória;

BE - Vitória histórica;

CDU - Saímos reforçados;

Será possível que ninguém tenha perdido???

Os países de Sócrates e Ferreira Leite

A 3 dias das eleições e 40 votos depois, Manuela Ferreira Leite lidera por estreita vantagem a sondagem que lançamos para saber em quem votariam os nossos leitores nestas Legislativas. No entanto, pouca importância terá esta votação, cujos resultados finais ‘sairão’ apenas no dia das eleições, já que até lá estará aberta a votação. Mas no que à eleição real diz respeito, a campanha prossegue, ensombrada por escutas e vitimizações gerais, com análises de 2 países diferentes. A cada um cabe perceber em que país se encaixa, já que Portugal é neste momento um país bipolar, dividindo-se essencialmente em 2 partes não só distintas, mas opostas…

Um país é o Portugal Dessócrates, e o outro o Portugal Deferreiraleite. Sócrates vive num país moderno, vanguardista, estável economicamente, eficiente na agricultura, indústria e serviços, com um sistema de saúde de qualidade, um sistema jurídico justo e eficiente, e uma educação de prestígio, de oportunidade, e de qualidade, em que professores são avaliados, e alunos são valorizados, com notas cada vez mais altas, e com cada vez mais pessoas ‘qualificadas’… Por outro lado, existe o país onde vive a líder do PSD, um país que não deve esbanjar dinheiro em modernices inúteis e megalómanas, país que está de tanga, com uma economia débil, milhares de desempregados e pobres, deficiente em termos de agricultura e serviços públicos, com sistemas de saúde e justiça precários, lentos e injustos, impostos desmedidos, e uma educação certificativa conduzida por profissionais desanimados e injustiçados. A polícia é ineficaz, e a criminalidade é um problema crescente e deixado ao acaso…

Como ‘senhor’ do bom país, Sócrates compromete-se a manter a linha do seu governo, que roça a perfeição. Como opositora do estado precário do país em que vive, Ferreira Leite compromete-se com uma ruptura de políticas que tenham de facto expressão na vida dos portugueses. Como é óbvio, das análises do país advêm as propostas políticas… Os portugueses terão de saber em que país vivem. Se no de Sócrates, se no de Ferreira Leite. Ou no de outro qualquer…

Os votos que não contam

Abrindo excepção à nossa Raquel, a nossa ‘maior-de-idade’, ‘super-delegada’, e redactora deste blog, posso afirmar que os nossos votos, são votos que não contam. Mas mesmo não votando oficialmente, não nos abstemos, e votamos nas Legislativas à nossa maneira… O nosso amor ou repúdio aos diferentes políticos,  será então expresso numa sondagem que figurará no blog até ao dia das eleições. Nesta sondagem questiona-se em quem votaríamos nestas eleições, tal como questionámos numa sondagem já realizada no início de 2009. Nessa altura, ainda antes de diversas polémicas, acusações, debates, campanhas e comícios, os nossos leitores votariam preferencialmente em branco (47%), sendo que Sócrates e Ferreira Leite levariam a mesma percentagem de votos (17%); quanto à maior surpresa, foram os 13% atribuídos a Paulo Portas…

Mas agora que mais tempo passou e estamos a pouco mais de uma semana das eleições, voltamos a lançar o desafio, tendo em conta tudo o que se sabe e ouviu até hoje. Entre propostas, carácteres, passados e futuros, há que escolher… E no caso de quererem, após votar, deixem aqui os argumentos do vosso voto. Boas escolhas, meus caros!

Gato Fedorento ajuda nas eleições

Tal como muitos outros e variados portugueses, assisti ontem à estreia do novo programa dos Gato Fedorento. Depois de uma inteligente pausa que fez muitos portugueses ansiarem o regresso dos Gatos, eis que o grupo de humoristas me surpreende profundamente ao apresentar um programa com muita diversidade e qualidade dentro do tema «eleições». A incrível entrevista a Sócrates em directo, com picanços a toda a hora, e o anúncio de que hoje seria Manuela Ferreira Leite a ser esmiuçada (o momento mais surpreendente do programa!?), eclipsaram os bons ‘sketches’ que os Gato Fedorento apresentaram. Gostei especialmente do das pequenas e médias empresas, que é uma espécie de «tesourinho deprimente» completamente adaptado ao tema do programa. Certamente pelos tesourinhos e muitos outros ‘sketches’, Sócrates declarou-se fã dos Gatos, que o viriam a questionar numa relaxada entrevista… Não posso ainda deixar de elogiar a prestação de Ricardo Araújo Pereira, que, em directo, se mostrou ao seu melhor nível!… Para quem não viu ou quer rever, cá ficam os links das duas partes do programa: GF1/GF2. Para quem quiser apenas o cheirinho do programa, deixo aqui o sugestivo genérico de abertura:

Está nas vossas mãos ficar nas mãos deles

Vamos estar nas mãos deles… Mas preciso é preciso escolher. Começou a derradeira corrida à cadeira mais desejada de S. Bento… E em breve, estaremos nas mãos de um deles. Adultos deste país, escolham bem por favor…

 

  MFR

MLR 2.0

Maria de Lurdes Rodrigues saiu em nova versão, a segunda até hoje conhecida. Lançada simultaneamente com o novo modelo Sócrates 2.0, que surgiram com profundas alterações relativamente aos lançamentos anteriores, os especialistas prevêm que pouco muda para além das capas revolucionárias destas novas versões, já que a qualidade dos materiais e o funcionamento destes parecem estar escondidos por trás da capa, e prontos para ser revelados, nas versões 3.0 que deverão surgir, curiosamente, após as Eleições Legislativas, que as versões 2.0 esperam vencer, de forma a derrotar o PSD versão 89.6 (versões contabilizadas: apenas deste ano). Mas voltando a MLR… Depois de passar a ideia de que os alunos não deveriam ser chumbados, de facilitar tanto quanto pôde o ensino, de elaborar, elogiar e pôr em prática medidas burocráticas cujo único objectivo era o… facilitismo, depois de elogiar os exames ridiculamente fáceis e dizer que as taxas de reprovação estavam ainda muito elevadas, e que se tinha que passar os alunos (isto em 1.0), eis que nesta nova faceta surge congratulando-se com os resultados dos exames (nomeadamente português e matemática 9º ano), em que a taxa de reprovação a português duplicou, dizendo que estes «orgulham o país»… (http://videos.publico.clix.pt/Default.aspx?Id=6590a740-ad82-470d-81cf-00dc4822e211). Ou seja… temos uma taxa de reprovação e ela é má, tem de ser melhorada. Mas duplica e então temos que sentir-nos orgulhosos… Hum, não sei se estou enganado mas esta versão não parece ser coerente com a primeira… Se bem que ambas parecem apresentar a etiqueta de «ridículo». Querer passar alunos à força não é uma boa medida. Ridícula… Passar alunos que não sabem contar ou escrever é ridículo. Mas dizer que os resultados são bons num exame (de 9ºano) quando quase 20% dos alunos chumbam (e muitos mais têm negativa),  não deixa o campo do ridículo, o que, quando comparado com declarações anteriores, roça o ridiculíssimo. Fica portanto não um apelo, mas um comentário… Esta versão mantém-se ridícula, tocando nos dois pontos extremos sem conseguir perceber o meio-termo, e sendo incoerente e mascarada. A capa pode ser bem mais bonita, mas não se deixem enganar… Não dêm a asas aos ratos, porque vão-se arrepender.

Sócrates volta a dar facada no ambiente

O Caso Freeport fez-nos pensar se José Sócrates, que fez carreira Política como Secretário de Estado do Ambiente e mesmo Ministro do Ambiente, terá um mínimo de consciência ambiental e da sua importância… Se dúvidas houvesse, elas dissiparam-se, e parece cada vez mais provável que o fumo que vem do Caso Freeport singifique de facto fogo… Senão veja-se a nova lei anti-crise lançada por Sócrates: Não, não foi facilitar acesso a empréstimos, não foi diminuir a burocracia, não foi uma redução de impostos, nem  a permissão de saldar as dívidas para com o Estado num período pós-crise. Não. Em vez, disso, Sócrates e os seus ministros aprovaram hoje uma proposta de lei que prevê alterações ao actual regime de multas por atentados ambientais… Além de reduzir as coimas, o Governo propõe a criação de um regime especial para arrependidos, no qual uma empresa que admita ter cometido uma infracção e se mostre arrependido será beneficiado com uma redução adicional da multa (para qu~e pensar que mentiriam?). Esta medida, justificada como protectora das Pequenas e Médias Empresas, foi recebida com total surpresa, com a medida a ser classificada como “uma vergonha”, “um passo atrás” ou “um mau sinal”, por vários deputados, onde se incluem alguns socialistas… A lei é de facto mais um atentado liderado por Sócrates e a medida anti-crise mais estúpida de que já ouvi falar…

Não dia, mas ano de liberdade…

2009 é ano de eleições. Lutem! Está tudo dito…

Xutos e a música da polémica

É música nova do disco de 30 anos de carreira dos Xutos e Pontapés, e é a mais recente polémica envolvendo o primeiro-ministro José Sócrates. Entre as muitas acusações de fraude (no curso, no Freeport, entre tantas outras que já nem me recordo…), eis que chega algo inovador, e, finalmente, de união: não uma acusação directa, mas uma música de protesto. Sócrates não é referido na letra da canção, mas o que é facto é que se a música não foi criada a pensar no «engenheiro», então encaixa mesmo na perfeição ao Sr. referido… Perdoando os palavrões que não vou ocultar por fazerem parte do sentimenton da referida canção (Sem Eira Nem Beira), fiquem com a música que está a unir muito povo contra o «primeiro-ministro» José Sócrates:

Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou-bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir

Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão


(Está tudo dito)

O que mudou com Obama?

Resposta simples: TUDO. E não esperem por aquela parte do post (já muito criticada pleo Fábio :P), em que vejo as coisas pela parte mais negativa. Não. Em tempos de crises inúmeras (peço desde já desculpa pela baixa frequência de posts, mas o trabalho aliado à doença têm sido impeditivos), este é um post positivo!

Toda a mudança começou na fenomenal campanha de Obama, que arrastou consigo milhões de pessoas, sendo um símbolo fresco da liberdade, igualdade e fraternidade. Homem de elevado carácter e personalidade, decidiu fechar Guantánamo ao chegar ao poder, decidiu investir biliões para salvar os empregos dos americanos, decidiu começar a retirar as tropas do Iraque, decidiu cancelar todas as medidas de Bush que ainda não tinham sido postas em «funcionamento», decidiu cancelar todas as leis que travavam a Ciência nos Estados Unidos, decidiu tornar-se amigo e aliado da Rússia numa altura em que parecia crescer uma 2ª Guerra Fria, e, hoje, decidiu acolher o Irão nas discussões pelo futuro do Mundo. Muito agradado pela notícia, o governo iraniano decidiu libertar a jornalista americana que tinham presa à meses acusada de espionagem. E as relações entre países crescem, com Hillary, sua Secretária do Exterior, a visitar hoje Barroso depois de ter visitado China, Indonésia e Japão, num momento de estado de graça entre povos e entre governos. Crescem as relações, crescem os povos, começa a ver-se a luz ao fundo do túnel «crise», e o Mundo parece começar a acordar do pesadelo em que estava profundamente mergulhado. São indícios, são começos, mas o que é facto é que em menos de 1 ano, Obama já mudou tudo.

Ano de Darwin


Ontem celebrou-se Charles Darwin juntamente com a sua "Teoria da Evolução".


Aliás, este ano, será o ano de Darwin, e aqui neste blog, continuaremos a acompanhar a evolução da minha espécie favorita...



POLÍTICOS NA ASSEMBLEIA!

O Relógio de Sócrates

Um cidadão morreu, e foi para o céu. Enquanto estava em frente a São Pedro nas Portas Celestiais, viu uma enorme parede com relógios atrás dele. Então perguntou: “O que são todos aqueles relógios?”

São Pedro respondeu: “São Relógios da Mentira. Toda a gente na Terra tem um Relógio da Mentira. Cada vez que essa pessoa mentir, os ponteiros movem-se mais rápido.”

“Oh! Exclamou o cidadão. De quem é aquele relógio ali?”

“É o da Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela nunca mentiu.”

“E aquele, é de quem?”

“É o de Abraham Lincoln. Os ponteiros moveram-se duas vezes, indicando que ele só mentiu duas vezes em toda a sua vida.”

“E o Relógio do Sócrates, também está aqui?”

“Ah! O do Sócrates está na minha sala.”

“Ai sim?” - espantou-se o cidadão. “Porquê?”

E São Pedro, rindo: “Uso-o como ventoinha!”

Sócrates, o coitadinho…

Tem sido passada nos últimos dias a mensagem, em jornais e telejornais, a imagem de «Sócrates coitadinho». ‘Tadinho, tem sido acusado de múltiplas injustiças… Primeiro o namoro com um homem (que Sócrates negou e considerou chocante; agora quer liberalizar o casamento homossexual; Hum… Que coerência! Como uma mão de votos lhe muda as prioridades; e os valores!*), em segundo o caso do seu milagroso curso de engenharia, com Exames feitos em casa (!!!) (já dá para perceber o ódio a professores e alunos de sucesso), e agora, o caso Freeport. Eh pá coitado! Dizem os do PS que é (mais uma) cabala contra Sócrates, que este é um anjo… Em resposta, o Líder do JSD considerou Sócrates o sucessor de «Pinóquio» (ver imagem).

Bem, cá eu, sempre ouvi dizer que onde há fumo, há fogo! E Sócrates tem indubitavelmente rabos de palha. De coitado tem pouco ou nada, e o que eu estou à espera, é do mais que venha a conhecer-se. Um ministro do Ambiente que diminui uma Área Protegida por causa de um centro comercial (ou uma dúzia de trocos), não é capaz de mudar as Leis da Educação, como 1º ministro, para favorecer x ou y? Sócrates não é um coitadinho, e acredito que tenha muitas culpas no cartório, só espero que os portugueses não sejam cegos perante fraudes, polémicas, humilhações, e péssimas políticas nas diversas àreas. O grande problema português é não ter alternativas. O mais importante é evitar maiorias absolutas, seja de quem for. Só assim se tentarão ultrapassar divergências, e chegar a um futuro melhor para todos. Vamos sonhando…

*não quero com isto opôr-me ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, longe disso, mas apenas demonstrar a hipocrisia do nosso primeiro ministro

MINISTÉRIO ESCLARECE

O Ministério da Educação publicou ontem no site de GAVE o esclarecimento sobre os critérios de correcção de questões verdadeiro-ou-falso em Exames Nacionais. O GAVE reiterou o que está escrito nas Informações de Exame, referindo que não houve engano algum na escrita de tais critérios.

O Ministério esclarece no comunicado que as questões V/F passarão a valer 5 pontos (tanto quanto uma escolha múltipla) e terão apenas 4 afirmações cada. O Exame contará,  no máximo, com 4 questões deste tipo, sendo assim o valor máximo destas questões 20 pontos. O facto de estas questões terem valido 40 pontos no ano passado, abre uma brecha de 20 pontos no Exame, o que poderá aumentar o nº de questões-longas a responder (mantendo-se obviamente o tempo de resolução da prova).

Num comunicado que atenua ligeiramente a alteração de critérios, justificando-a com o facto de alunos que respondam ao acaso tenham menos probabilidade de obter pontuação, também salta à vista que os alunos que apresentem conhecimentos venham igualmente a perder pontuação. A Filosofia de facilitismo continua a contrastar fortemente com este caso de «tudo ou nada», e a margem de erro a um aluno continua inexistente, passando da atribuição total da cotação (2008) à nulidade da questão (2009). Como o Jornal Público reconhece, os alunos serão prejudicados por esta medida, sobretudo se compararmos a sua situação com os alunos de anos anteriores. Continuando suspeita uma medida predominantemente política, mais uma vez se percebeu que o Ministério trabalha para os maus alunos. Anteriormente preocupado com a progressão destes alunos através de medidas facilitistas, preocupa-se agora em prejudicar-lhes a vida no caso de responderem a uma questão V/F ao acaso, não se preocupando com as repercussões que isto possa ter nos alunos trabalhadores, esforçados e estudiosos. O desprezo pela EDUCAÇÃO daqueles que a merecem parece assim ser ponto assente, mais uma vez, na agenda ministerial, que devia preocupar-se com o futuro do país e daqueles que o assegurarão.

Esperaremos melhores dias…

 
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