É a confirmação: no lado escuro da lua, nas crateras permanentemente obscuras do pólo sul, há muita água congelada. O choque do motor de um foguetão Centauro contra a cratera Cabeus, a 9 de Outubro, observado de perto pela sonda LCROSS da NASA, permitiu confirmar o que outros engenhos enviados até ao satélite natural da Terra tinham já sugerido, ficando assim os cientistas sem qualquer sombra de dúvida na sua mente: há água na Lua, o que facilitaria qualquer tentativa de colonização. A água pode ser usada para consumo humano, claro, mas também para fazer combustível para foguetões, por exemplo.
Só que o sonho de regressar à Lua e aí construir bases foi mais uma vez afastado, com a publicação, no fim do Verão, de um relatório de uma comissão independente sobre qual deve ser a estratégia da NASA. O regresso à Lua, abandonada desde que o último astronauta norte-americano pisou o seu solo poeirento, em 1972 (só algumas raras sondas a visitaram desde então), fora anunciado pelo Presidente George W. Bush em 2004, mas foi agora considerado um passo desnecessário, que o orçamento da NASA não comporta.
No entanto, descobrir água na Lua, congelada há muitos milhões de anos, pode permitir-nos descobrir como era o Sistema Solar então — mesmo usando só máquinas… in Publico
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