A 3 dias das eleições e 40 votos depois, Manuela Ferreira Leite lidera por estreita vantagem a sondagem que lançamos para saber em quem votariam os nossos leitores nestas Legislativas. No entanto, pouca importância terá esta votação, cujos resultados finais ‘sairão’ apenas no dia das eleições, já que até lá estará aberta a votação. Mas no que à eleição real diz respeito, a campanha prossegue, ensombrada por escutas e vitimizações gerais, com análises de 2 países diferentes. A cada um cabe perceber em que país se encaixa, já que Portugal é neste momento um país bipolar, dividindo-se essencialmente em 2 partes não só distintas, mas opostas…
Um país é o Portugal Dessócrates, e o outro o Portugal Deferreiraleite. Sócrates vive num país moderno, vanguardista, estável economicamente, eficiente na agricultura, indústria e serviços, com um sistema de saúde de qualidade, um sistema jurídico justo e eficiente, e uma educação de prestígio, de oportunidade, e de qualidade, em que professores são avaliados, e alunos são valorizados, com notas cada vez mais altas, e com cada vez mais pessoas ‘qualificadas’… Por outro lado, existe o país onde vive a líder do PSD, um país que não deve esbanjar dinheiro em modernices inúteis e megalómanas, país que está de tanga, com uma economia débil, milhares de desempregados e pobres, deficiente em termos de agricultura e serviços públicos, com sistemas de saúde e justiça precários, lentos e injustos, impostos desmedidos, e uma educação certificativa conduzida por profissionais desanimados e injustiçados. A polícia é ineficaz, e a criminalidade é um problema crescente e deixado ao acaso…
Como ‘senhor’ do bom país, Sócrates compromete-se a manter a linha do seu governo, que roça a perfeição. Como opositora do estado precário do país em que vive, Ferreira Leite compromete-se com uma ruptura de políticas que tenham de facto expressão na vida dos portugueses. Como é óbvio, das análises do país advêm as propostas políticas… Os portugueses terão de saber em que país vivem. Se no de Sócrates, se no de Ferreira Leite. Ou no de outro qualquer…
Continuo sem acreditar no que aqui vi.
Mas eu conheço-te bem o suficiente para saber que não foste parcial.