O Nobel de Obama (Parte II)

Parte II: O Presente e o Futuro

Barack Obama já aceitou o Nobel da Paz, declarando humildemente que “não merece estar na companhia de tantas figuras que mudaram o mundo”, dizendo que entende o Nobel como um apelo “a todas as nações, para enfrentarem juntas os desafios do século XXI”. Desafios tão grandiosos que, recordou, não só o ultrapassam como ultrapassam o poder da sua administração e do seu país.

Mais complicado é saber se, com este prémio, o trabalho e as missões de Obama ficam mais fáceis ou mais difíceis; o comité norueguês entendeu que a mensagem que enviou ao mundo o fortalecia. Alguns analistas temem, porém, que o condicione. A administração Obama vai ter de decidir se acede aos pedidos de reforço do contingente militar no Afeganistão (onde a actividade terrorista e talibã se intensifica vertiginosamente), ou se opta por uma estratégia em que se focaria apenas na Al-Qaeda e deixaria o terreno livre aos talibã. Naturalmente haverá várias leituras sobre se a decisão que vier a tomar foi a mais acertada para a Paz. Irá o sinal que lhe foi enviado de Oslo influenciá-lo?…  Conhecendo a personalidade política de Obama, suponho que a sua decisão em nada será influenciada pelo Nobel. Condenar o Afeganistão à ascenção dos terroristas ao poder, e a criação de um foco de ameaça ao Mundo, não me parece ser a visão de Obama em direcção à paz. Mas também há quem duvide, e ache que o Nobel o condicionará. Veremos… Aquilo em que posso concordar com essa influência, é no cumprimento e conclusão dos processos iniciados pela Administração Obama; recebendo a consagração pelos Projectos ainda não estando eles concluídos, parece ser uma forte fonte de pressão para que estes corram bem até ao fim. Não duvido que mesmo sem Nobel, os processos se concluíssem; ainda assim, penso que este vem colocar mais pressão, a esse nível, na Presidência Americana.

O Trabalho de Obama está começado, e está pronto para continuar no bom caminho; não se podem negar as evidências; o panorama político do Mundo alterou-se por completo, e muitíssima tensão foi aliviada; a Europa deixa de detestar o presidente Americano, para o quase-idolatrar; Cuba, Irão, Coreia, Palestina, Iraque, Rússia e África ganham novos ânimos, e fôlego para recomeçar, com a ajuda da super-potência que passou de imperial a cooperadora. O que Obama está a fazer, pode fazer e planeia fazer, tem já o caminho desbravado, porque o ambiente para que se avance está criado; e a esperança que Obama trouxe ao mundo não se fecha nas relações diplomáticas e na Paz, passando ainda pelos Direitos Humanos, pela Justiça, ou pelos mais simples valores como a Família, a Felicidade e a Vida, que já tanta falta fazia na Casa Branca...

3 novas opiniões:

  1. Fábio André disse...:

    Ele vai ajudar o Sócrates também.

    ;DD

  1. Eduardo Jorge disse...:

    ...

    Tu e o Sócrates...

  1. Aragorn disse...:

    Neste momento não vejo ninguém com destaque no mundo que realmente merecesse um Nobel da Paz. Obama é dos que aparentemente mais se aproxima.
    Sobre o Afeganistão existe muita especulação e mesmo conspiração. Os terrenos de ópio espalhados pelo país enfurecem os talibãs, mas a mafia ocidental precisa deles... Um dilema...

 
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