É hoje, e foi ontem. É aqui, tal como foi, e como não será. É agora, e não mais. É o fechar de um ciclo… De uma caminhada que nos enrijeceu as pernas e elevou o espírito, e nos conduziu por um caminho longo e bravo, juntos, que agora se bifurca e bifurca e bifurca, multiplicando-se em 20 caminhos distintos rumo à vida. Catarina, Raquel, Ana Isabel, André, Cláudia, Eduardo, Fábio, Helena, Laura, Joana M., Joana ‘Descarada’ Meira, João, Bé, Magda, Mariana, Mélanie, Pedro, Ricardo, Soraia e Tiago… Vinte pessoas que passaram 3 anos juntas, umas mais juntas que outras, umas mais tolas que outras, todas elas diferentes, numa michórdia que deu um F, que em nós ficará gravado para sempre. Ui, o que houve… Muitos confrontos de teimosia (não é Raquel?), muitos confrontos de personalidades, muitos momentos de brilho e de bréu, de felicidade e dificuldade, que de sempre terem sido vividos juntos, fizeram nascer uma união e uma força, uma ligação e um tão profundo gostar, que em muitos muitos casos, não conhecerá fim.
A idade com que nos conhecemos e em que convivemos, potenciaram a forte intensidade das coisas; do sentir e do magoar, do querer e do ajudar, da união e da separação… Confesso que ainda não consigo imaginar certas pessoas longe de mim. Imaginar o desertar de pessoas que sempre tive próximas, para Universidades e cidades tão distantes fisicamente… Sei também que vou perder muita gente, de tão bem que conheço as suas personalidades. Estou consciente do que acontecerá no futuro, e de certa forma, é isso que me assusta. Não aquilo que ainda não sei, aquilo que ainda viverei, quem ainda conhecerei, ou o que vier a fazer… Não. O que me assusta é o que sei, e as saudades que tenho do que ainda não perdi.
Agora está, no entanto, na hora de olhar para a frente… Quero-vos mais que ninguém, portanto, mantenham-se próximos, mesmo que longe. Quero saber de vós, dos vossos futuros, quer académicos, quer profissionais, quer pessoais. Não me sinto preparado, mas talvez o esteja cada vez mais. Talvez em Setembro esteja pronto para ser caloiro, ser Estudante com letra maiúscula, e acima de tudo, pronto para encarar a decisão que agora tomarei sobre o meu futuro; sobre o meu caminho… É aqui que algo acaba, é aqui que algo muda, é aqui que algo nasce. A vida compensa morte com mais vida; aproveitemos essa vida que nos é dada, e prossigamos com vontade! Porque somos nós, meu caro F, que vamos quebrar com o estado das coisas. Venha a Universidade, venha o trabalho, venha o futuro… Vamos a eles!