Consta actualmente que a taxa de desemprego sobe em flecha; consta que não deverá parar de subir. As pessoas deixam um trabalho, uma empresa fecha, e as pessoas consideram-se mortas. Não há dúvida que o desemprego é um terrível mal da sociedade actual; Não há dúvida também que há gente que por incapacidades inerentes a deficiências ou idade, tem poucas oportunidades; Não há dúvida que um licenciado em Economia não queira ir trabalhar no McDonald’s. Mas se o caso deste se trata de vida-ou-morte, porque é que este não aceita um trabalho que lhe dará dinheiro para comer?
Muito se fala de falta de emprego, mas mais que isso há falta de vontade para trabalhar. É certo como já denotei acima que há gente que por razões diversas não é mesmo aceite num certo emprego. Mas não deixo de me questionar o porquê de dia após dia se repetirem anúncios de trabalhos nos jornais, por ninguém os querer. Trabalhos menos agradáveis, mas suficientemente aceitáveis para viver.
Ainda recentemente a Magda denotou que o tio anda à procura de alguém para trabalhar na sua empresa, e ninguém aparece para o trabalho. Ninguém o quer. Numa altura destas, as pessoas não deviam recusar emprego após emprego que lhes é oferecido nos Centros de Emprego. É tempo de trabalhar e fazer um esforço. Numa altura destas uma oferta de emprego não deveria ser uma sala às moscas. Devia ser como um óvulo, em que milhões de espermatozóides tentam entrar, dando tudo de si, esforçando-se com o muito pouco que têm, tentando triunfar, vencer, e ser o «escolhido». Uma luta que vale a pena: dela nasce um fruto, um futuro, uma vida…
...