São dados oficiais. De ano para ano, há cada vez mais contestações às correcções das provas dos Exames Nacionais, e cada vez há mais alunos com razão. A muito se devem os critérios de correcção intransigentes e duvidosos, que desprezam interpretações, expressões ou raciocínios dos alunos. Mas também os correctores parecem estar cada vez mais descuidados e exigentes (elevando a intransigência dos critérios a níveis ainda mais ridículos), fazendo com que a contestação de alunos, pais e professores seja cada vez maior. Devemos realçar a existência de professores e organizações que lutam contra os defeitos dos critérios, e realçar ainda aqueles correctores que são competentes para aplicar esses critérios com bom-senso. No entanto, a contestação não cresce sem razão (62% dos reclamantes tiveram razão este ano), e mesmo em disciplinas que deveriam não suscitar dúvidas, como Matemática, viram-se notas a subir nas reapreciações cerca de 3 valores, o que demonstra a incompetência, distracção, ou má-vontade do professor-corrector em questão (ver notícia Público).
Tendo presenciado de bem perto casos de correcções ridículas de exames este ano (perto demais! =P), não me surpreendem estes dados; só tenho pena que nem todos os «segundos-correctores» tenham a coragem de melhorar o trabalho realizado pelos primeiros correctores… Neste momento, penso que o mais importante para melhorar a situação, é uma actuação do GAVE, construindo exames menos duvidosos, e que avaliem realmente as competências do aluno na disciplina em causa. O alargamento dos critérios, com aumento de flexiblidade, iria beneficiar a todos, e é capaz de ser a primeira medida que seria correcto tomar.
O meu recurso a Portugues subiu 17 pontos :)