(Este é o 3º capítulo do 'livro' 'Magnum' que estamos a lançar no blog. Para ver todos os capítulos anteriores, clicar em Magnum.)
Entraram... A pensão era gelada: em todos os sentidos, e por toda a sua extensão... O agradável calor do exterior era, claramente, passado para Jazno e Dyamüs... Aquela entrada era fria e escura, mas sem dúvida espantosa... As duas pequenas janelas frontais formavam a ténue iluminação que pouco lhes permitia vislumbrar... Estavam claramente sozinhos na descomunal entrada, que tinha pelo menos 4 metros de altura... Tudo era construído em pedra natural e maciça de um negro-carvão. O enorme candeeiro central, de cristal, tinha obviamente caído em desuso... Como é que era possível que alguém gostasse daquela escuridão? O mais provável era nunca obterem resposta... Mas também não se preocuparam muito com esta questão... Olharam bem para todo aquele gigantesco compartimento. Agora, teriam que ‘confirmar entrada’ no hotel, com alguém que, supostamente, estaria na recepção...
Ouviram passos. Subitamente, ouviram um estrondo. A porta fechara-se atrás deles!... Um vento súbito e gelado atingiu-os de forma rápida e cortante... Jazno virou-se. Tentou abrir a porta, mas esta não cedeu... Tentou arrombá-la, sem êxito... O pânico começava a apoderar-se deles... Jazno começava então a pensar na coerência daquela viagem... Estava a arriscar-se pela amiga que julgava morta, que durante anos não lhe falou, que tinha um propósito para ele desconhecido, que vivia numa de zona de trevas há largos anos... Deveria ele ter embarcado com Dyamüs naquela louca viagem até ali, curta, sem conhecer sequer as razões da mesma? Estava a arriscar a sua vida por algo que desconhecia? Estaria ele a sobrevalorizar a amiga? Ambos se enervavam cada vez mais. Estavam agora na completa escuridão, pois também as portadas das janelas se tinham fechado. Dyamüs também estava inquieta nos seus pensamentos... Por que é que os habitantes daquela aldeia lhes recomendariam aquela pensão se conhecessem o seu assombro? Ou estaria ela a exagerar e aquilo era ‘normal’? Ou estariam os habitantes combinados com os donos da pensão? Nada fazia sentido nas mentes de Jazno e Dyamüs.
Mantinham-se perplexos e no completo silêncio. Tinham realmente sido surpreendidos. Já não tentavam sair dali... De certa forma, e sem o querer admitir, conformaram-se com a situação; viam que nada podiam fazer, e teriam que esperar que algo acontecesse. Ouviram mais passos. Sentiam algo a aproximar-se. Entretanto, apareceu alguém.
‘Boa noite... ’ – disse calmamente - ‘Sejam bem-vindos!’ – a calma da fala daquele velhote, contrastava com a velocidade dos acontecimentos anteriores... Apesar de não o conseguirem ver, simpatizaram de imediato com o senhor que tinha uma voz serena e encantadora... – ‘O meu nome é Baltazar. Sou o dono desta pensão... ’ – Ligou a luz. – ‘Ai ai, estes Tormentors... Dão-me cabo do negócio!’ – Abriu as portadas das janelas – ‘Eu bem tento acabar com eles, mas não é nada fácil... Eles são peritos em fazer o pior, e em destruir tudo e mais alguma coisa... ’
‘Desculpe, mas... o que são Tormentors?’ – perguntou Dyamüs.
‘Bem... Os Tormentors são, no fundo, uma experiência falhada de um cientista francês, realizada em 2004.’ – Fez uma pausa. – ‘Benoît pretendia criar uma nova espécie animal, que doasse órgãos a humanos como se fosse um humano, mas tivesse apenas instintos de animal e uma baixa sensibilidade, através da manipulação do sistema nervoso. No entanto, Benoît falhou. Criou estas criaturas horrendas que têm inteligência humana, mas zero de sensibilidade e sentimentos. Resultado: fazem o mal, são resistentes, não sentem dor nem remorsos... Enfim!... Quando Benoît percebeu o que tinha criado, não podendo destruir a sua criação, decidiu trazê-los aqui para os Himalaias, uma das zonas mais isoladas do mundo, de modo a privar a maioria da espécie Humana do contacto com estes animais. O que vale é que estes animais existem em muito pequena quantidade; devem existir cerca de 100 exemplares em todo o Mundo, estando todos eles aqui em Gwenvim, e em Casion; ambas as aldeias pertencentes á cordilheira dos Himalaias. E eu que leve com eles!... Tento mandá-los sempre embora, mas é muito complicado... Eles gostam de fazer mal às pessoas, e como eu uso os lucros da pensão para ajudar as pessoas mais necessitadas de Gwenvim, eles atacam-me a mim, afugentando os clientes, conseguindo assim fazer mal a muita gente com um simples gesto... ’
‘Pois... nós percebemos. Nós vamos ficar! Era um quarto duplo de camas separadas, por favor... ’ – pediu Dyamüs. Baltazar reagiu de imediato, recolhendo alguns papéis, e informando Dyamüs e Jazno das regras, preços e horários da pensão. Os dois viajantes pareciam bem mais aliviados agora... Receberam a chave do quarto. Subiram pelas escadas e instalaram-se no quarto de número 69.
Resolvido o mistério que fatigava a mente de Dyamüs, estava na altura de Jazno se saciar também intelectualmente, e perceber toda a história em que se tinha metido... Olhou de forma intensa para Dyamüs. Era a hora da verdade!
Queremos agradecer a todos os comentários de enorme incentivo que nos dirigiram nos posts dos capítulos anteriores, e esperamos que continuem a acompanhar a história, e a comentar cada capítulo de Magnum! Obrigado!
(Eduardo Jorge e Mélanie Fernandes)
bem...n sei k dizer...
n sei onde vao buscar tanta imaginaçao...
eu ja vos diss...
VOCES PARECEM MSM ESCRITORES D VERDADE
a serio...
n tou a dizer isto da boca pa fora..
tou a ser complectamente sincera!!
...ansiosamente a espera d outro capitulo...
Bjao