IgNobel da Economia '08 entregue a pesquisa sobre gorjeta de strippers

Tempo de crise, tempo de apertos, tempo de restrições... A França foi o primeiro país a anunciar recessão económica (diminuição do PIB), e à excepção da China os países vão todos pelo mesmo caminho. Não se vê resolução à vista, e um pouco por todo o lado, surgem acusações aos EUA por estarem a provocar a insegurança económica a nível mundial.

Mas entretanto, os prémios de Economia têm de ser entregues... E os Prémios IgNobel 2008, entregues pela revista “Annals of Improbable Research”,  numa cerimónia na Universidade de Harvard, foram uns deles. O Prémio da Economia foi para um curioso estudo que estudou a influência do ciclo mestrual nas gorjetas das 'dançarinas' de bares... Segundo os investigadores, que analisaram os ciclos menstruais de 18 dançarinas durante 60 dias, à fase de ovulação corresponde uma maior quantidade de gorjetas (as que usam pílula não têm oscilação)... Sigam-se os outros IgNobels:

• O IgNobel da Química foi para dois artigos sobre os efeitos espermicidas da Coca-Cola.
• O IgNobel da Nutrição foi para Massimiliano Zampini e Charles Spence, pelo seu estudo para modificar electronicamente o som de uma batata frita, de forma a parecer mais estaladiça e fresca do que realmente é.
• O CFEBNH, organização suíça, arrebatou o IgNobel da Paz por adoptar o princípio de que as plantas têm dignidade.
• O IgNobel da Física 2008 premiou um trabalho de dois investigadores americanos que conseguiram provar matematicamente que fios de cordel ou cabelo acabam inevitavelmente por se embaraçar.
• Dan Ariely demonstrou que os remédios falsificados mais caros produzem mais efeito do que os mais baratos, valendo-lhe o IgNobel da Medicina.
• Dois investigadores japoneses e um húngaro descobriram que uma espécie de amiba consegue resolver puzzles, e receberam o IgNobel da Ciência Cognitiva.
• O IgNobel da Literatura foi para David Sims da Cass Business School, em Londres, pelo seu estudo sobre a experiência da indignação dentro das empresas.
• Finalmente, investigadores franceses receberam o IgNobel da Biologia por descobrirem que as pulgas que vivem nos cães saltam mais alto do que as pulgas que vivem nos gatos.

Todos os vencedores tinham já publicado estes trabalhos em revistas científicas de renome internacional, e tiveram exactamente 60 segundos para fazer o seu discurso de aceitação, tempo rigorosamente controlado por uma criança de oito anos... Diferente!