Educação: Programa 'Novas Oportunidades'

Ora muito bem... Devo começar clarificando que este é um post meramente pessoal, que devem criticar ou reiterar, conforme a vossa opinião...

Eu sou claramente apoiante das oportunidades dadas a pessoas que não tiveram oportunidade de se desenvolver no passado a nível escolar. No entanto, acredito na escolarização através da qualificação, não da diplomatização. O facto de se ter um diploma escolar proveniente do programa 'Novas Oportunidades' não é significado de qualificação, sabedoria ou trabalho (este último é susceptível de dúvida). É sinal de que simplesmente se ajudou Portugal a subir nos rankings europeus e mundiais de população escolarizada... e talvez um pouco mais de 'oportunidade' de se ser valorizado numa entrevista de emprego. Pouco mais vejo. Sei que há pessoas que lutam e dão tudo para sair do fosso do desemprego, e que para tal se instruem constantemente. Mas este projecto em nada vem instruir. Como é possível que em 8 semanas, 4 horas por semana, se aprenda e absorva o mesmo conhecimento que num ano completo, a 30 horas por semana? É que em nada se aproximam os 2 valores!

E isto faz-me pensar... que é que ando eu aqui a fazer 3 anos a sacrificar-me, com elevadíssimos graus de exigência, se teria tudo de mão beijada, daqui a uns tempos, fazendo em meia dúzia de semanas, em 3 ou 4 horas semanais? Sinceramente, acho que é o sentido de valorização da aprendizagem e a forte exigência que tenho para com o meu futuro que me fazem continuar.

O que este programa vem trazer não é 'novas oportunidades', mas 'oportunidades desiguais'. Eu não sei sinceramente se gostava de ter o diploma de 12º ano, sabendo que o havia feito nas condições deste programa... Mas pronto, não digo, de todo, que as pessoas não o façam! Façam-no! Se ele existe, é para aproveitar. Penso é que nestas condições, o programa é inútil, injusto e ingrato para com o esforço dos estudantes. Considero que é um programa mal formulado que devia ter uma componente lectiva mais forte, nomeadamente através do aumento de exigência e duração do curso. Só assim considero que possa trazer frutos e alterações na vida dos portugueses. Assim como está, só muda algo, no papel...

16 novas opiniões:

  1. Eduardo Jorge disse...:

    E está tudo dito! Só voltarei a comentar para responder a qualquer questão que apresentem... ;) 0ou para criticar algum comentario. FB!

  1. Fábio André disse...:

    Medidas da Ministra: escolarizar tudo e todos para mostrar que o ensino em Portugal é Bom e Eficiente!

    Quem vê com olhos de ver nota que isto tudo não passa de uma fraude,... uns andam ali novinhos debaixo de um véu de exigência do catano e os mais velhotes fazem aquilo em semanas...

    Mas pronto, cada um faz aquilo que a sua posição pode fazer. E quem tem essa oportunidade que não desaproveite e quem o desaproveitar só está a ser burro. Não sejam mais burros que os que estão dentro do Ministério da Educação.

    No futuro os meus netos vão ao centro comercial comprar canudos de Douturamento.

    Há-de ser giro. UUUps não sei se repararm no meu gravissimo erro!! "Há-de" já não é assim... [que estupidez... vamos longe assim], agora já não há tracinho, fica: ""Há de"" .... daqui a pouco, também no tempo dos meus netos, a linguagem e escrita que não for abreviada não está correcta... desculpem - 'correta'

    Para não errar mais, não falo mais!xD

  1. Anónimo disse...:

    Com este tipo de medidas tomadas vê-se claramente como o ensino está em Portugal.

    Por um lado acho bem que se dê oportunidades a pessoas que não tiveram a hipotese de se desenvolver a nivel escolar. . Alguns porque não tinham condições financeiras outros simplesmente por falta de capacidades!

    Dar uma oportunidade dessas pessoas realmente até é bom. .

    Mas e nós?
    Os adolescentes?
    Que andam mais de três anos a estudar, submetidos a varias horas de aulas, fora as horas de estudo que nenhum professor tem consciencia!

    Temos um grau de exigência elevado!
    É uma ofensa para quem se esforça diariamente para tirar boas notas, para passar de ano, para passar nos exames, para entrar na universidade, para concluir o curso e depois arranjar emprego!
    E arranjar emprego nos dias de hoje é muito dificil fará daqui a uns anos. .

    A ministra tem sempre ideias fantasticas, mas para valorizar uns, desvaloriza outros!

    É esta a minha opiniao.

  1. Eduardo Jorge disse...:

    Concordando com quase tudo o que disseste, á algo que no teu comentario, bruna, tenho que discordar.

    Os professores tiveram que tirar um curso nas mesmas condiçoes em que tu o estas a tirar, logo, têm consciencia do tempo que 'gastas'com assuntos da escola.

    A falta de percepção reflecte-se antes no ministerio, precisamente pelo facto de não ser um professor que esta a frente do ministerio da educação. O problema reside em quem manda e não em quem (tem de) aplicar.

  1. butterfly disse...:

    konkorduh kom tuduh o k foi dituh....
    a materia du kurxo d novas oportunidades mtas vx e mais axexivel k a noxa lg eles terao mlhores notas...e mais tarde eles podem ser mt bem as pexoas k numa entrevista d empregu fikarao kom o trabalhu em vez d nox...pois knxeguiram frmar.xe kom mlhores notas...mx dp n mxtraram mt trabalhu ou talvez nem aprendizagem....eu n knkorduh kom o factuh d nox nux andarmux a matar pratikament pa tirar boas notas...e mts vezes n knxeguimux..andar ay a ter materias komplikadas k nux okupam 6/7h pur dia em media durante 8 meses...para dp perdermux um empregu para alguem k paxou nu maximu umas 4h tdas as xemanas durante 2 mexex nux "tirar" o empreguh...axu k dviam ser tomadas medidas kntra ixtuh pois tamus a ter uma educaçao injuxta...os alunux deviam ser mais valoriadus...kom est novu programa ox alunus so tentadus a deixar d estudar e dp mais tarde dkai a uns aninhux tirar um kursu serem diplomados em 2 meses..doke perder 3 anus da vidah deles.

  1. Maguie disse...:

    A vontade de comentar este tema não é grande visto que é só para criticar...mais uma vez e para não variar.

    Posto nestes moldes, o programa 'Novas Oportunidades' vem só enganar, enfeitiçar os números. Mas entre nunca voltar à escola e fazer um mero cursozito, penso que a vantagem está na diferenciação que estes vão dar às pessoas que querem instruir-se mais das passivas, e possibilitar diferentes oportunidades na aquisição de um posto de trabalho.

    Aqui mantenho um pouco a opinião que mantenho face às aulas de substituição...se estivermos à espera de criar os meios necessários ao funcionamento de determinados porjectos estes nunca avançam, assim, o facto de eles estarem já em prática "obriga" ao seu aprefeiçoamento (quero acreditar nisso !) e consequentemente ao seu sucesso.

  1. Anónimo disse...:

    Estes cursos novas oportunidades nasceram para ajudar aqueles que mais precisam...que não têm a mesma capacidade que os estudantes têm num curso academico!
    Não é de todo uma má ideia (´obvio que também visto no tempo de horas, que existem grandes desigualdades e não se aprende mt), eles ensinam o essencial, o básico (não é muito bom, mas ajuda a habilitar para algum emprego).
    Para quem não sabe que quem tira eqivalencias, 10º,11º e 12º...e se quiser continuar a universidade não tem a mesma facilidade, porque primeiro entram os acadamicos todos e depois os profissionais.
    Na minha opinião esta ideia ñão foi para formar mal os portugueses...é obvio que não é a melhor, se queremos ser alguem com grandes potencialidades, o estudo académico é o melhor.
    Mas este ensino não está acessivel a todos, nem todos têm essa capacidade e o curso novas oportunidades é só um apoio.
    Se fosse para escolarizar tudo de certesa que o governo não investiaria nestes cursos e passaria todos os alunos, independetemente das notas que tivesse.
    Sai que há muita gente que vai contra as novas oportunidades...e sei que o meu comentário vai levantar muitas objecções, uma vez que é uma opinião contraditaria a esmagadora maioria...mas é a minha opinião, e como tal deve ser respeitada.
    Aninhas

  1. Eduardo Jorge disse...:

    Respeito, mas nem por sombras reitero.

    Penso que cada um tem inteligência diferente, E VONTADE também.

    Se alguém não teve a oportunidade de seguir um curso por questões do foro económico ou pessoal, não terá dificuldades em concretizar um curso através de 'Novas Oportunidades' com grau de exigência semelhante ao do ensino secundário corrente.

    Se é por falta de VONTADE e CAPACIDADE INTELECTUAL (ou inteligência...), o aluno não deve ter o 12º ano! Se estas capacidades referidas anteriormente correspondem a um nível básico, seja de 6º ou 9º ano, não deve ter um 'certeficado' destas 'capacidades' correspondente a um nível que não são capazes de atingir.

    É uma pura falsidade para a pessoa e para a sociedade. Está mal!

  1. Anónimo disse...:

    ok....tens toda a razão
    desse ponto de vista...
    mas se pelo menos existe esta oportunidade há que aproveita-la.

  1. Anónimo disse...:

    (A ministra era professora universitária...)
    De boas intenções encontra-se o inferno cheio, e assim se explica a maioria das atitudes do ministério da educação. É tudo muito bonito na teoria, mas a verdade é que a concretização dos projectos (aulas de substituição, avaliação dos professores, etc.) apresenta demasidas incoerências, penso eu que devido à pressa que demonstram em querer igualar os padrões dos países europeus mais prósperos. Por caminharmos para o caos, mais facilmente se arruina algo, sendo necessária paciência e preserverança para o ordenar de novo esse algo.
    Meus caros, não só neste novo projecto se verifica a intenção de "trabalhar para estatísitica", mas também nos próprios critérios de retenção escolar são visíveis os entraves a uma boa formação académica. "Reprovar alunos? Ui! Nem pensar! Só papéis para preencher, a ainda por cima, agora, é sinal de mau profissionalismo, e consequentemente de uma má avaliação..."
    Contudo, concordo com a Maguie quando ela refere que o importante é tomar a iniciativa, dar o primeiro passo, e depois procurar corrigir as falhas mais gritantes.
    No meu entender, esta era uma medida urgente e imprescindível se queremos competir (como nação) com a economias internacionais. Com certeza, os alunos desses cursos não estarão sujeitos ao mesmo programa educacional que nós. Serão avaliados pelas suas competências de vida, pelo profissionalismo demonstrado e pelos conhecimentos que provarem ter assimilado durante o seu tempo de estudantes. O objectivo, creio eu, será formar melhores técnicos, a par dos novos progressos tecnológicos, que possam responder às novas exigências do mercado de trabalho.

  1. Maguie disse...:

    A ansia de estar ao mesmo nível dos grandes países é inquestionável. Porém, e terão de concordar comigo, quando todos queremos tudo se torna mais feliz na sua concretização. A minha posição quanto à Sr.ª Ministra é muito duvidosa, uma vez que está integrada num Governo que no global aprecio.
    No caso das permutas os professores parecem bastante satisfeitos, e realmente é uma medida a louvar, e no que toca a aulas de substituição deveria prevalecer o dinamismo ! A escola poderia inovar, criar, desenvolver projectos e condições tornando não uma substituição à aula mas uma alternativa a essa mesma aula. Ainda para mais numa escola como a nossa, aonde existem cursos em diversas áreas, poderia haver como que um "intercambio" de experiências...talvez é sonhar um pouco, confesso, demasiado complicado...mas o que é facto é que não se vêem estudadas alternativas !

    E se me permitem uma conclusão, talvez este programa de 'Novas Oportunidades' não seja tão negativo quanto isso, o problema então está na qualificação que atribui, noutros moldes seria uma alternativa interessante (sem desvalorizar os ensino académico e adquando-se a qualificação à exigência do próprio curso).

  1. Eduardo Jorge disse...:

    Apesar de ser professora universitária, a ministra não tem noção da realidade n educação em Portugal, até porque o Ensino Universitário nem faz sequer parte do ministério em questão. Para além diss, um professor universitário não tem um curso nesse sentido, da educação. Os melhores de uma certa área, ou especialidade, é que são nomeados/convidados para exercer tais funções. Não tendo curso docente, não tem algumas disciplinas fundamentais como Filosofia da Educação ou Métods de ensino.

    Como tal, a ministra não se enquadra na minha concepção de professor.

    Concordo contigo quando dizes que o 'trabalho estatístico' já tem barba longa...

    No entanto, não posso concordar inteiramente com as afirmações tuas e da magda, quando dizem que é preciso tomar a iniciativa, indo corrigindo os erros. Sem dúvida é preciso tomar a iniciativa; no entanto, o facto de começar logo mal não pode ser justificado com o 'depois remendamos'. Já ficou completamente provado que em Portugal não se vai lá com remendos. Remendos políticos é aquilo a que temos assistido ao longo destes longuíssimos anos de democracia. E em nada (nada mesmo) têm resultado. Uma lei, para surtir efeito, aceitação, e sucesso efectivo, é necessário que seja muito bem ponderada, pensada, e acertada com os 'membros de campo'.

    Por outro lado, não peço que a carga lectiva destes cursos seja semelhante á nossa, do ensino corrente, mas sim reforçada consoante o fim a que se destina.

    Algo que me deixou boqueaberto foi o facto de ter sido aberto um curso profissional de equivalência a 9º ano (requisito mínimo: 6º ano - ou seja são completos 3 anos de escolaridade em meia dúzia de semanas)de jogador de futebol!!!...
    E agora digam-me que lógica é que isto tem... Se tem jeito para jogar futebol, que jogue... Ora daí a ter o 9º ano feito por ter essa habilidade, não concordo nem por sombras... É uma estupidez de banalização da educação sem sequer tentar disfarçar.

    Ás vezes tenho vergonha do país e das políticas do país em que me insiro, e com o qual me gostaria de identificar (não perdendo no entanto o meu patriotismo moderado ;)

    Não vejo também qual é a alteração que um diploma vai ter na dinamização da economia. Aquelas pessoas que para além destes cursos procuram outros, como profissionais complementares e acções de formação, esses sim, mudarão (conjuntamente com aqueles que sairem do ensino dito 'normal', apesar de este estar também, a nível básico, a cair no facilitismo até através da própria avaliaçao dos professores), o país, a sua qualidade de vida, e de trablho, que se reflactirá futuramente na economia nacional.

    E é isto que tenho a dizer!

  1. Eduardo Jorge disse...:

    Sem dúvida que muitas políticas deste governo são essenciais, mas a política até agora aplicada na educação não me parece nada acertada. A arrogância da ministra e a sua intransigência, aliada á precariedade dos sindicatos da educação, está a por a educação ainda mais no fosso.

    Quanto ao que dizes, magda, sobre o curso estar bem instituido à excepção de certos moldes, tem como resposta aquela que dei tambem à Sara, quando disse que com remendos não vamos lá, etc.

    Enfim... acho que isto não vai nada bem, mas penso que o esforço de alguns, como alunos, professores, e alguns funcionarios, está afazer com que as coisas funcionem minimamente bem... Graças a todos estes, Portugal pode segurar-se nestas frágeis varas verdes, tendo esperança que um dia alguem, quiça alguem que nos lê e escreve, dê a este pais as bases que precisa.

    Fiquem (muito) bem!

  1. Maguie disse...:

    Entramos num ciclo vicioso do qual é difícil sair.

    Será que sendo dada autonomia às escolas conseguimos melhores resultados ?

    Compreendo que com remendos não vamos lá. Então resta-nos tornar o que temos, o pouco que temos, bom e eficiente.
    Fico, então, boquiaberta quando a Sr.ª Ministra faz tanto de errado, lá no fundo reconhece-o e não se demite. Será a falta de lucidez ou convicção?

  1. Anónimo disse...:

    Ilusão...Creio que é a palavra certa para descrever este programa.
    De que vale as estatisticas serem boas, se na prática não o somos?

    Mas mais vale algo que incentive, por muito pouco que seja, do que completamente nada...

    Há ainda mt trabalho para fazer neste a país!!!
    ass: Mélanie

  1. Joana disse...:

    concordo plenament contigo Eduardo...
    acho que nao podemos dar o mesmo valor a estes "cursos" que demoram meses, poi sem duvida que o nosso trabalho é muito mais arduo!Mas com o numero de desempregados do nosso país é obvio que a partcipaçao nestes "cursos" é uma mais valia...e os portugueses têm mesmo de fazer pela vida....

 
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